Programa de Antropologia e Imagem
O programa de Antropologia e Imagem é um curso que combina o olhar da antropologia cultural com a prática da produção e análise de imagens. Ele se concentra no estudo das culturas e sociedades humanas por meio da observação e documentação de suas expressões visuais, como fotografias, filmes, vídeos e outros artefatos visuais.
A importância desse programa pode ser resumida da seguinte forma:
Ampliação da compreensão cultural: A antropologia da imagem oferece uma maneira única de compreender e documentar a diversidade cultural tanto no universo urbano quanto em culturas diversas e distantes. As imagens visuais capturam aspectos significativos das práticas culturais, crenças, valores e identidades, proporcionando uma compreensão mais rica e profunda da diversidade cultural.
Desafio de estereótipos e preconceitos: As imagens podem ajudar a desafiar estereótipos e preconceitos culturais, oferecendo uma visão mais autêntica e contextualizada de diferentes comunidades e comportamentos. A antropologia da imagem pode revelar a complexidade e a diversidade das experiências humanas, promovendo uma compreensão mais precisa e empática.
Participação e empoderamento das comunidades: A antropologia da imagem pode envolver as comunidades estudadas no processo de criação e interpretação das imagens.
Ao fazer isso, o programa promove a participação ativa das comunidades no processo de
pesquisa e ajuda a capacitar os membros dessas comunidades para se envolverem na
representação de suas próprias culturas.
Comunicação intercultural: As imagens têm uma capacidade única de transcender as barreiras linguísticas e culturais. A antropologia da imagem pode servir como uma ferramenta poderosa para facilitar a comunicação e o diálogo intercultural, permitindo que diferentes grupos compreendam e apreciem as perspectivas uns dos outros.
O Programa Estudos em Sociedades Contemporâneas é composto por 4 cursos independentes. São eles:
Antropologia e Imagem: A cidade, a rua e o fotógrafo
Corpo, Cultura e Fotografia
Identidade Cultural e Fotografia - Como Retratar o Outro?
Antropologia e Imagem: Instagram, TikTok, Apps de Relacionamentos. Novas interações sociais mediada pela produção de imagens
Certificação:
Ao realizar cada curso o aluno receberá um certificado. Os alunos que realizarem todos os cursos do programa receberão uma declaração atestando que cursaram o programa.
Desde os primórdios da antropologia, a fotografia tem sido utilizada como um apoio ao trabalho etnográfico, seja como ilustração, comprovação ou representação cultural. Em diversas áreas do campo da fotografia, a abordagem sobre segmentos socioculturais se valeu de métodos próximos ao que preconiza a antropologia. Esse curso tem como objetivo promover aos alunos um maior conhecimento sobre método, teoria e prática dos pontos de interseção entre os campos da Antropologia Cultural e a Fotografia, proporcionando o aprofundamento acadêmico sobre linguagens que se interpuseram ao longo de suas trajetórias. Quando fotografamos o “outro”, buscamos retratar a forma como vemos esse que é diferente de nós.
A fotografia feita é a resultante que fica no entre caminho de quem é o “outro” e de como vemos esse “outro”. Nesse sentido a antropologia se especializou na arte de estudar o “outro”, a ponto de muitas vezes o “outro” ficar muito semelhante a nós. Por exemplo, a fotografia tem imergido, cada vez mais, em temas de cunho social, apresentando uma tendência à valorização de trabalhos que contribuam para uma reflexão e conscientização sobre desigualdade, diversidade, grupos culturais segregados ou em situação de risco. Nesses casos, valendo-se muitas vezes, de inserções no campo de forma intuitiva, onde o campo da antropologia que poderia contribuir de maneira efetiva, ampliando, assim, a potencia dessas produções. Dentro do campo da fotografia, tradicionais métodos e delimitações estéticas que criam fronteiras, por exemplo, entre fotojornalismo, foto documental e arte, também passam por questionamentos teóricos que produzem novas possibilidades do fazer fotográfico. Trabalhos fronteiriços como os de Miguel Rio Branco, Rogério Reis, João Roberto Ripper, Ana Carolina Fernandes e Alexandre Sequeira, entre outros, ratificam novos lugares potentes de representação de grupos culturais que escapam as classificações tradicionais.