Em A vida psíquica do
poder: teorias da sujeição, Judith Butler produz inúmeros diálogos com o cânone
filosófico e psicanalítico para pensar as formas de produção do sujeito, recorrendo
a autores como Hegel, Nietzsche, Freud, Klein, Foucault e Althusser, dentre
outros.
Seguindo na esteira de
Foucault, o poder não é concebido como centralizado e institucionalizado assim
como o sujeito não é concebido como pré-pronto, como propunham os filósofos
contratualistas em suas hipóteses acerca do estado de natureza.
Em uma perspectiva outra,
Butler se propõe pensar “como o poder produz seu sujeito, como o sujeito recebe
o poder pelo qual é inaugurado” (2017, p. 12). Da constelação teórica
mobilizada pela filósofa, o curso se propõe a aprofundar, em especial, as
referências a Hegel e Freud.
Essa investigação teórica
permitirá elaborar aspectos fundamentais da obra literária Os testamentos,
de Margaret Atwood. Continuação de O conto da Aia, vemos a relação entre poder e constituição subjetiva se desenrolar a partir da história de três
mulheres: tia Lydia, Daisy e Agnes.
Se o poder produz os
sujeitos, a resistência é sua contraface. É possível pensar formas
contemporâneas de resistência sem a desconstituição de si? Essa e outras
questões mobilizam o curso.
A partir da leitura dos textos filosóficos e literários, tem-se em vista uma reflexão
acerca das relações entre poder, sujeito e resistência.
Ferramentas de capacitação serão aulas expositivas,
debates e leituras que auxiliem a pensar criticamente as relações entre poder,
sujeito e resistência.
Alunos (as) / pesquisadores (as) / profissionais das
áreas de literatura, filosofia, Direito, e demais interessados na temática da
violência.
Aulas online, ao vivo, pela plataforma zoom. As aulas gravadas são disponibilizadas no ambiente de aprendizagem online por 2 meses após o término do curso.
Aulas expositivas, leitura e discussão de textos
críticos, teóricos e literários por meio da plataforma zoom.